Oh, você é do Brasil? Adoro o Brasil! Deve ser bem divertido brincar no Carnaval no meio da Amazônia. Você sabe fazer embaixadinhas? Qual destino no Brasil é melhor? Rio ou Buenos Aires?
Volta e meia sou parado pela polícia procurando por drogas, em aeroportos é bem frequente. Já fui barrado de entrar em um club noturno. Moro na Alemanha.
É uma mistura de racismo e xenofobia, difícil dizer onde um começa e o outro termina. No IBGE eu respondo indígena, mas tem mistura de europeu, a cor varia de acordo com a exposição ao sol, mas no geral seria algo entre III e IV na escala Fitzpatrick.
Pra mim também. Soa como puro racismo. Meu marido é inquestionavelmente branco no Brasil. Fora daqui a gente não sabe, mas concluímos que ele tem cara de árabe.
Eu sou branca em qualquer lugar do mundo. É incrível o quanto ele já espera mais perguntas e outro tipo de teor de perguntas. Pra mim é sempre "atabom, show, boa viagem".
Nunca rolou comigo. No geral acho os Irlandeses bem receptivos. Quando digo que sou brasileiro rola mais uma curiosidade sobre o que me trouxe pra Irlanda e tals, principalmente em vilarejos e cidades menores
Irlandeses são um dos povos mais acolhedores. Tirando os Knackers, mas todo país tem seus idiotas. Além disse Irlandeses são bem mais educados do que os Germânicos que usam a desculpa de serem "diretos" para serem rudes, invasivos e preconceituosos.
Por exemplo, em países Germânicos as pessoas acham que elas vão saber sobre sua personalidade, gostos e tendências em sabendo apenas a sua etnia/nacionalidade. Então a primeira coisa que perguntam de alguém é de onde elas vieram.
Já na Irlanda as pessoas já não esse preconceito. As pessoas são mais interessadas em conhecer de fato individuais e perguntam sobre nacionalidades quando querem saber se a pessoa vem de algum lugar que ela tem interesse, e não para julgar qual é a personalidade, vícios e tendência da pessoa.
Sim, todo lugar tem uns idiotas pra chamar de seu.
Acho que também contribui pra curiosidade o fato de que normalmente eu tô viajando de bicicleta. Então tão sempre perguntando o que fazendo e da onde eu sou e o que eu tô fazendo ali ahahaha
Os poucos alemãs que conheci foram extremamente amáveis e até hoje ainda sou amigo de uma. Então talvez minha opinião seja um pouco enviesada em relação a eles
Olha, quando se está viajando de forma alternativa em regiões em que as pessoas não estão acostumados a verem aventureiros ou turistas, as pessoas ficam curiosas mesmo para saberem o que atraiu a pessoa até tal lugar.
Uma vez eu fui passar o Natal com a família de um amigo em Bournemouth, no sul da Inglaterra, e ao tirar a minha câmera e começar a fazer fotos dos locais e paisagens esse meu amigo disse *"O que vc esta fazendo? Aqui é Bournemouth. Não tem nada de interessante aqui"*. O fato é que para ele que nasceu e cresceu ali, ele ficou curioso e surpreendido em saber o que eu achava de tão interessante na cidade para ficar fotografando.
Mas os irlandeses, principalmente os mais simples, são bem curiosos. Igual brasileiros simples. Diferente da Alemanha onde as pessoas tendem a ignorar e julgar silenciosamente quem é "diferente".
Curioso que Bournemouth é uma cidade "estudantil", que recebe uma porrada de alunos de intercâmbio. A economia da cidade é bem dependente disso. Mas apesar disso, os caras não são acostumados com turista
Dito isso, tem porra nenhuma na cidade mesmo, em dois ou três dias você vê tudo
Pois é. Mas mas como eu aprecio as coisas simples e pequenas diferenças, eu queria fotografar e guardar minha visita na memória.
É que nem viajar de bicicleta em que a pessoa vai passar por inúmeros locais tidos como banais (pelo menos pelos locais). Mas para quem curte viajar assim a apreciação da simplicidade e mudanças de paisagem é o bom da experiência.
Alemão assim tem que ser tratado de volta como presumido nazista. "Ah pensei que alemães ainda fossem todos nazistas, desculpe. Esteriotipo é ruim mesmo né.
Eles vivem chorando por isso. Tem que fazer sentir na pele tambem.
Tenho um trabalho bacana, sou reconhecido na minha área, mas já estive em diversas empresas e “sempre” rolam coisas tipo alguém com menos experiência e reconhecimento (mas que é um nativo) acaba ganhando mais, ou mais recentemente: meu chefe atual está me prometendo crescimento faz um tempo, do nada ele contrata um nativo, com menos experiência que eu, pra ser meu chefe.
Isso é pura xenofobia que está tão enraizada na mentalidade e cultural de pessoas que elas nem reconhecem que estão sendo xenofobicas. Uma coisa é perguntar a turistas até quando eles estão de férias no pais/cidade, para saber o quanto eles vão aproveitar e o que terão tempo pata aproveitar. Outra coisa é perguntar para alguém *"quando voce vai embora?"* que tem emprego e uma vida local como qualquer outra pessoa vivendo no país.
Pelo visto o OP está em algum país germanico ou nordico. Alemanha muito provavelmente, onde a primeira coisa que as pessoas perguntam quando querem conhecer alguém è de que país elas vieram e qual a profissao/formação delas. Seguido por *"quando vc vai voltar para o seu pais"* Talvez, muito depois, se lembrarem, perguntam qual é o nome da pessoas e os prazeres que ela curte na vida.
O interessante que não são apenas estrangeiros que sofrem esses preconceitos mas também pessoas que são de família de imigrantes que estão há gerações no país. Então perguntam a pessoa *"qual país vc vem?"* e a pessoa diz *"Alemanha"* ou *"Noruega"* whatever. A pessoa que perguntou Então fica insistindo *"Mas o país que vc nasceu?"*. E a pessoa questionada continua respondendo o mesmo. Mas não basta, a pessoa perguntando fica lá fazendo a mesma pergunta de formas diferentes.
Isso pq no fundo, esses países associam muito a nacionalidade com etinia. Na Alemanha, por exemplo muitas pessoas que dizem que são da Turquia, Portugal, ou qualquer que for o país, na verdade nunca nasceram ou viveram nesses países que dizem vir ou ser nacionais. Muitos nem nunca chegaram a ir visitar esses países. São pessoas que nasceram e viveram a vida toda na Alemanha como qualquer outro Alemão.
Uma vez eu perguntei a um cara que disse ser Turco pq ele fala que é turco quando ele nasceu e viveu a vida toda na Alemanha, assim como os pais dele. Ele é tão respondeu que sem saber o motivo o governo registrou ele como sendo de origem Turca, apesar dele ter nacionalidade alemã também. No entanto, o governo da Turquia nunca ouviu falar dele e não reconhece ele como Turco.
Hoje isso já não é um problema tão grave, mas em décadas e séculos passados esse foi um dos motivo de haverem tantos europeus sem pátrias. Um país entra em guerra com outro e diz que as pessoas que nasceram no país mas tem etnia fo país que está em guerra, não é reconhecido como tendo os mesmos direitos das pessoas tidas como nacionais. Já o país de origem da etnia delas, não reconhecem elas como sendo nacionais deles, ou simplesmente apos a guerra tal pais deixa de existir. E sem ter um país reconhecendo eles como seus nacionais essas pessoas não tem dinheiro a nada a não ser viver na ilegalidade.
Eu tive a mesma conversa com um turco alemão, os pais são turcos e ele é a primeira geração nascida na Alemanha. Pelo o que entendi dele ele não é turco o suficiente para os outros turcos e nem é alemão. Então ele se sente num limbo, mas mais puxado pro turco.
Os turcos, eu imagino por terem feito parte do império otomano, costumam ser fechados para ocidentalizações, tanto que um brasileiro morando em Portugal vai encontrar mercadinhos brasileiros, mas na Turquia eles vão barrar esse negócio. Na Turquia eles só contratam nacionais e em última hipótese um estrangeiro.
Na Alemanha e em outros países os turcos se isolam em comunidades turcas, mas acho que isso é algo meio humano pq brasileiros também tem grandes comunidades nos EUA, acho q é uma forma de se sentir em casa. Tanto que é possível viver lá sem falar inglês, muitos nunca aprendem o idioma.
Voltando ao caso do turco, eles tem uma religião diferente do resto da população e eles mantém as tradições turcas em casa então o filho que nasce acaba tendo muita cultura turca e não alemã.
Eu falo por mim, pelo fato de eu ter sido criada pela madrasta do meu pai, longa história, eu nasci em Brasília, mas eu falo várias palavras e expressões que eu suspeito que ficaram obsoletas ou só existem na Bahia. A minha melhor amiga que é baiana foi incrível quando a encontrei pq várias vezes eu falo nossa vc conhece essa palavra, ela sim e essa também. Outras ela nem ouviu falar. Minha vó faleceu há pouco tempo, mas aqui em casa a gente continua falando como ela falava.
Mas o que vc descreve sobre os turcos se isolarem em países estrangeiros não é particularidade Turca, portugueses, italianos, poloneses, russos e brasileiros tambem sao bem similares nesse aspecto. E mesmo o exemplo que vc deu dos brasileiros nos EUA também acontece na Europa.
Isso são características principalmente de pessoas mais pobres, em que para conseguir empregos, resolver questões burocráticas e legais, e obter ajudas como achar moradia e resolvers problemas do dia a dia, elas conseguem com mais sucesso atravez das demais pessoas que se identificam com ela (a mesma origem, status social, cultura e consequentemente nacionalidade).
Para quem ten mais dinheiro, apesar de contatos também ser necessário para conseguir or melhores empregos, um bom currículo com estudos em uma boa instituição de ensino e experiências em boas empresas é o que ajuda mais a pessoa conseguir trabalho. O pobre que não tem muito disse depende mais das empresas em que os donos são da mesma origem ou onde predomina trabalhadores da mesma origem.
E quem tem dinheiro pode gastar com consultorias e serviços para resolver os problemas delas, como declaração de impostos e demais questões legais e burocráticas que o pobre sem dinheiro não tem acesso, e depende mais da troca de informação e ajuda de suas comunidades em resolver os persegues uns dos outros juntos.
Pior ainda para quem é mais velho e idosos, que tem mais dificuldade em aprender línguas novas e se habituar com costumes e maneira de viver diferente. E para todos em geral suas comunidades ajudam a sobreviver o período do home sick.
Agora, quando pegamos uma sociedade que até os locais são mais isolados e com tendência xenofobica, como são os países Germânicos e nórdicos, essas minorias estrangeiras acabam dependendo ainda mais de suas comunidades da mesma origem, e também se isolando mais.
Muito obrigada por esse comentário. Deu um bom panorama da situação do imigrante. De fato imigrar pode ser muito difícil no dia a dia, vc não sabe absolutamente nada de como funciona no país, por isso uma rede de apoio é tão importante.
A situação piora ainda quando o país onde vc está é um ambiente hostil para imigrantes e vc é constantemente lembrado q não te querem lá.
Eu sei que conhecimento é poder, mas eu que estudei a vida toda em escola pública e depois fiz faculdade numa federal, não consigo engolir bem a ideia de comercializar conhecimento. Já vi por aí consultorias sobre coisas simples do dia a dia para o imigrante e até para resolver coisas por vc as vezes vc paga pq os funcionários não tratam bem imigrantes, tem que pagar gente pra alugar casa pra vc pq vários locatários desistem de alugar só pq vc é imigrante. Então é triste ver q por causa desses problemas existem vários serviços vão de aluguel de casa até uma consultoria simples sobre como abrir uma conta no banco. Mas eu também já vi ONGs que fazem serviços de graça para Árabes como forma de protegê-los da xenofobia.
A pessoa começa a dizer que não entende o meu inglês depois de ter falado normalmente comigo inúmeras vezes. Isso normalmente acontecia quando eu tinha que ser mais incisiva (era uma conversa profissional)
Quando alguém dá uma dessa, eu falo bem devagar e alto (com um tom meio debochado) como se estivesse falando com um velhinho gagá. Aí eles param. Normalmente gringos entram em choque quando são confrontados de uma forma que não esperam.
Não foi comigo, mas recentemente em uma reunião de trabalho com um pessoal suíço tivemos um comentário assim : Feriado aí no Brasil deve ser uma beleza! Caipirinha em uma mão e uma mulher na outra.
Essa acho que é lenda urbana. A primeira vez que ouvi falar sobre foi com um youtuber que mora numa cidade de interior no Japão que tem muito BR por causa das fábricas mas tirando ele nunca ouvi relato de alguém que passou por algo do tipo.
vc é do brasil? " ahhh surra de bunda! surra de bunda? vc sabe fazer?" (2 americanos na california falando isso pra mim aos berros no meio da rua)
e colegas indianos do meu marido fizeram o mesmo com ele, gritando surra de bunda , em vancouver no canadá.
ambos fatos ocorreram entre 2013_2014.. imagino q surra de bunda virou meme brasileiro internacional nessa época.
alguns anos depois meu marido tbm ouviu: vc parece branco.. até a hr w vc abre a boca pra falar aí a gnt vê q não é...
Quando estudei nos Estados Unidos todo mundo tentava ficar me explicando as matérias como se eu fosse burro e não soubesse nada, ou ent quando era atividade em grupo faziam tudo sem eu e só me dava as respostas achando que nunca eu iria conseguir fazer as questões. Detalhe: meu inglês já era mto bom quando cheguei lá e tbm eu tirava notas mto boas pq era ridiculamente fácil já que estudei em escola particular aqui e pública lá.
Só fui aos EUA uma vez e conversei com um americano no avião que tinha zero noção do que o Brasil é… ele perguntou se falamos indiano e perguntou sobre tom de pele, ele provavelmente estava estranhando que sou branco e perguntou por isso, na cabeça dele no Brasil só tinha negro e mestiço.
Portuguesa que mora comigo: “eu e minha filha não gostamos quando as pessoas falam em brasileiro”. Da mesma pessoa: “minha filha não gosta muito do jeito dos brasileiros”
Vc eh muito branca para ser do Brazil😠
Esse é clássico demais!
Oh, você é do Brasil? Adoro o Brasil! Deve ser bem divertido brincar no Carnaval no meio da Amazônia. Você sabe fazer embaixadinhas? Qual destino no Brasil é melhor? Rio ou Buenos Aires?
Volta e meia sou parado pela polícia procurando por drogas, em aeroportos é bem frequente. Já fui barrado de entrar em um club noturno. Moro na Alemanha.
Mas tu acha que é xenofobia ou racismo? Não sei tua cor. Meu namorado é indígena e eu branco e quando viajamos juntos sempre param ele e eu não.
É uma mistura de racismo e xenofobia, difícil dizer onde um começa e o outro termina. No IBGE eu respondo indígena, mas tem mistura de europeu, a cor varia de acordo com a exposição ao sol, mas no geral seria algo entre III e IV na escala Fitzpatrick.
Acho bizarro como isso é diferente da minha experiência na Alemanha, presenciei situações como policial sorrindo e dando bom dia pra mim na rua.
Pra mim também. Soa como puro racismo. Meu marido é inquestionavelmente branco no Brasil. Fora daqui a gente não sabe, mas concluímos que ele tem cara de árabe. Eu sou branca em qualquer lugar do mundo. É incrível o quanto ele já espera mais perguntas e outro tipo de teor de perguntas. Pra mim é sempre "atabom, show, boa viagem".
Nunca rolou comigo. No geral acho os Irlandeses bem receptivos. Quando digo que sou brasileiro rola mais uma curiosidade sobre o que me trouxe pra Irlanda e tals, principalmente em vilarejos e cidades menores
Irlandeses são um dos povos mais acolhedores. Tirando os Knackers, mas todo país tem seus idiotas. Além disse Irlandeses são bem mais educados do que os Germânicos que usam a desculpa de serem "diretos" para serem rudes, invasivos e preconceituosos. Por exemplo, em países Germânicos as pessoas acham que elas vão saber sobre sua personalidade, gostos e tendências em sabendo apenas a sua etnia/nacionalidade. Então a primeira coisa que perguntam de alguém é de onde elas vieram. Já na Irlanda as pessoas já não esse preconceito. As pessoas são mais interessadas em conhecer de fato individuais e perguntam sobre nacionalidades quando querem saber se a pessoa vem de algum lugar que ela tem interesse, e não para julgar qual é a personalidade, vícios e tendência da pessoa.
Sim, todo lugar tem uns idiotas pra chamar de seu. Acho que também contribui pra curiosidade o fato de que normalmente eu tô viajando de bicicleta. Então tão sempre perguntando o que fazendo e da onde eu sou e o que eu tô fazendo ali ahahaha Os poucos alemãs que conheci foram extremamente amáveis e até hoje ainda sou amigo de uma. Então talvez minha opinião seja um pouco enviesada em relação a eles
Olha, quando se está viajando de forma alternativa em regiões em que as pessoas não estão acostumados a verem aventureiros ou turistas, as pessoas ficam curiosas mesmo para saberem o que atraiu a pessoa até tal lugar. Uma vez eu fui passar o Natal com a família de um amigo em Bournemouth, no sul da Inglaterra, e ao tirar a minha câmera e começar a fazer fotos dos locais e paisagens esse meu amigo disse *"O que vc esta fazendo? Aqui é Bournemouth. Não tem nada de interessante aqui"*. O fato é que para ele que nasceu e cresceu ali, ele ficou curioso e surpreendido em saber o que eu achava de tão interessante na cidade para ficar fotografando. Mas os irlandeses, principalmente os mais simples, são bem curiosos. Igual brasileiros simples. Diferente da Alemanha onde as pessoas tendem a ignorar e julgar silenciosamente quem é "diferente".
Curioso que Bournemouth é uma cidade "estudantil", que recebe uma porrada de alunos de intercâmbio. A economia da cidade é bem dependente disso. Mas apesar disso, os caras não são acostumados com turista Dito isso, tem porra nenhuma na cidade mesmo, em dois ou três dias você vê tudo
Pois é. Mas mas como eu aprecio as coisas simples e pequenas diferenças, eu queria fotografar e guardar minha visita na memória. É que nem viajar de bicicleta em que a pessoa vai passar por inúmeros locais tidos como banais (pelo menos pelos locais). Mas para quem curte viajar assim a apreciação da simplicidade e mudanças de paisagem é o bom da experiência.
Alemão assim tem que ser tratado de volta como presumido nazista. "Ah pensei que alemães ainda fossem todos nazistas, desculpe. Esteriotipo é ruim mesmo né. Eles vivem chorando por isso. Tem que fazer sentir na pele tambem.
Qual sua cor?
Eu sou branco mas não tão branco pra ser “confundido com europeu” se isso faz sentido
Não existe isso KKK ou vc eh ou vc não eh Pensou nova categoria branco europeu Pra mim vc eh branco e vc não sofreu nada por isso Privilégio branco
Verde água. Mas zuera a parte, a questão do tópico é entender a xenofobia e não o racismo.
Estão entrelaçados
Eu pink limão
Tenho um trabalho bacana, sou reconhecido na minha área, mas já estive em diversas empresas e “sempre” rolam coisas tipo alguém com menos experiência e reconhecimento (mas que é um nativo) acaba ganhando mais, ou mais recentemente: meu chefe atual está me prometendo crescimento faz um tempo, do nada ele contrata um nativo, com menos experiência que eu, pra ser meu chefe.
Isso é pura xenofobia que está tão enraizada na mentalidade e cultural de pessoas que elas nem reconhecem que estão sendo xenofobicas. Uma coisa é perguntar a turistas até quando eles estão de férias no pais/cidade, para saber o quanto eles vão aproveitar e o que terão tempo pata aproveitar. Outra coisa é perguntar para alguém *"quando voce vai embora?"* que tem emprego e uma vida local como qualquer outra pessoa vivendo no país. Pelo visto o OP está em algum país germanico ou nordico. Alemanha muito provavelmente, onde a primeira coisa que as pessoas perguntam quando querem conhecer alguém è de que país elas vieram e qual a profissao/formação delas. Seguido por *"quando vc vai voltar para o seu pais"* Talvez, muito depois, se lembrarem, perguntam qual é o nome da pessoas e os prazeres que ela curte na vida. O interessante que não são apenas estrangeiros que sofrem esses preconceitos mas também pessoas que são de família de imigrantes que estão há gerações no país. Então perguntam a pessoa *"qual país vc vem?"* e a pessoa diz *"Alemanha"* ou *"Noruega"* whatever. A pessoa que perguntou Então fica insistindo *"Mas o país que vc nasceu?"*. E a pessoa questionada continua respondendo o mesmo. Mas não basta, a pessoa perguntando fica lá fazendo a mesma pergunta de formas diferentes. Isso pq no fundo, esses países associam muito a nacionalidade com etinia. Na Alemanha, por exemplo muitas pessoas que dizem que são da Turquia, Portugal, ou qualquer que for o país, na verdade nunca nasceram ou viveram nesses países que dizem vir ou ser nacionais. Muitos nem nunca chegaram a ir visitar esses países. São pessoas que nasceram e viveram a vida toda na Alemanha como qualquer outro Alemão. Uma vez eu perguntei a um cara que disse ser Turco pq ele fala que é turco quando ele nasceu e viveu a vida toda na Alemanha, assim como os pais dele. Ele é tão respondeu que sem saber o motivo o governo registrou ele como sendo de origem Turca, apesar dele ter nacionalidade alemã também. No entanto, o governo da Turquia nunca ouviu falar dele e não reconhece ele como Turco. Hoje isso já não é um problema tão grave, mas em décadas e séculos passados esse foi um dos motivo de haverem tantos europeus sem pátrias. Um país entra em guerra com outro e diz que as pessoas que nasceram no país mas tem etnia fo país que está em guerra, não é reconhecido como tendo os mesmos direitos das pessoas tidas como nacionais. Já o país de origem da etnia delas, não reconhecem elas como sendo nacionais deles, ou simplesmente apos a guerra tal pais deixa de existir. E sem ter um país reconhecendo eles como seus nacionais essas pessoas não tem dinheiro a nada a não ser viver na ilegalidade.
Eu tive a mesma conversa com um turco alemão, os pais são turcos e ele é a primeira geração nascida na Alemanha. Pelo o que entendi dele ele não é turco o suficiente para os outros turcos e nem é alemão. Então ele se sente num limbo, mas mais puxado pro turco. Os turcos, eu imagino por terem feito parte do império otomano, costumam ser fechados para ocidentalizações, tanto que um brasileiro morando em Portugal vai encontrar mercadinhos brasileiros, mas na Turquia eles vão barrar esse negócio. Na Turquia eles só contratam nacionais e em última hipótese um estrangeiro. Na Alemanha e em outros países os turcos se isolam em comunidades turcas, mas acho que isso é algo meio humano pq brasileiros também tem grandes comunidades nos EUA, acho q é uma forma de se sentir em casa. Tanto que é possível viver lá sem falar inglês, muitos nunca aprendem o idioma. Voltando ao caso do turco, eles tem uma religião diferente do resto da população e eles mantém as tradições turcas em casa então o filho que nasce acaba tendo muita cultura turca e não alemã. Eu falo por mim, pelo fato de eu ter sido criada pela madrasta do meu pai, longa história, eu nasci em Brasília, mas eu falo várias palavras e expressões que eu suspeito que ficaram obsoletas ou só existem na Bahia. A minha melhor amiga que é baiana foi incrível quando a encontrei pq várias vezes eu falo nossa vc conhece essa palavra, ela sim e essa também. Outras ela nem ouviu falar. Minha vó faleceu há pouco tempo, mas aqui em casa a gente continua falando como ela falava.
Mas o que vc descreve sobre os turcos se isolarem em países estrangeiros não é particularidade Turca, portugueses, italianos, poloneses, russos e brasileiros tambem sao bem similares nesse aspecto. E mesmo o exemplo que vc deu dos brasileiros nos EUA também acontece na Europa. Isso são características principalmente de pessoas mais pobres, em que para conseguir empregos, resolver questões burocráticas e legais, e obter ajudas como achar moradia e resolvers problemas do dia a dia, elas conseguem com mais sucesso atravez das demais pessoas que se identificam com ela (a mesma origem, status social, cultura e consequentemente nacionalidade). Para quem ten mais dinheiro, apesar de contatos também ser necessário para conseguir or melhores empregos, um bom currículo com estudos em uma boa instituição de ensino e experiências em boas empresas é o que ajuda mais a pessoa conseguir trabalho. O pobre que não tem muito disse depende mais das empresas em que os donos são da mesma origem ou onde predomina trabalhadores da mesma origem. E quem tem dinheiro pode gastar com consultorias e serviços para resolver os problemas delas, como declaração de impostos e demais questões legais e burocráticas que o pobre sem dinheiro não tem acesso, e depende mais da troca de informação e ajuda de suas comunidades em resolver os persegues uns dos outros juntos. Pior ainda para quem é mais velho e idosos, que tem mais dificuldade em aprender línguas novas e se habituar com costumes e maneira de viver diferente. E para todos em geral suas comunidades ajudam a sobreviver o período do home sick. Agora, quando pegamos uma sociedade que até os locais são mais isolados e com tendência xenofobica, como são os países Germânicos e nórdicos, essas minorias estrangeiras acabam dependendo ainda mais de suas comunidades da mesma origem, e também se isolando mais.
Muito obrigada por esse comentário. Deu um bom panorama da situação do imigrante. De fato imigrar pode ser muito difícil no dia a dia, vc não sabe absolutamente nada de como funciona no país, por isso uma rede de apoio é tão importante. A situação piora ainda quando o país onde vc está é um ambiente hostil para imigrantes e vc é constantemente lembrado q não te querem lá. Eu sei que conhecimento é poder, mas eu que estudei a vida toda em escola pública e depois fiz faculdade numa federal, não consigo engolir bem a ideia de comercializar conhecimento. Já vi por aí consultorias sobre coisas simples do dia a dia para o imigrante e até para resolver coisas por vc as vezes vc paga pq os funcionários não tratam bem imigrantes, tem que pagar gente pra alugar casa pra vc pq vários locatários desistem de alugar só pq vc é imigrante. Então é triste ver q por causa desses problemas existem vários serviços vão de aluguel de casa até uma consultoria simples sobre como abrir uma conta no banco. Mas eu também já vi ONGs que fazem serviços de graça para Árabes como forma de protegê-los da xenofobia.
A pessoa começa a dizer que não entende o meu inglês depois de ter falado normalmente comigo inúmeras vezes. Isso normalmente acontecia quando eu tinha que ser mais incisiva (era uma conversa profissional)
Quando alguém dá uma dessa, eu falo bem devagar e alto (com um tom meio debochado) como se estivesse falando com um velhinho gagá. Aí eles param. Normalmente gringos entram em choque quando são confrontados de uma forma que não esperam.
You dont sound Brazilian é uma clássica
Não foi comigo, mas recentemente em uma reunião de trabalho com um pessoal suíço tivemos um comentário assim : Feriado aí no Brasil deve ser uma beleza! Caipirinha em uma mão e uma mulher na outra.
Não aconteceu comigo, mas mudar música quando Br entra em loja é foda.
Essa acho que é lenda urbana. A primeira vez que ouvi falar sobre foi com um youtuber que mora numa cidade de interior no Japão que tem muito BR por causa das fábricas mas tirando ele nunca ouvi relato de alguém que passou por algo do tipo.
Nunca tive problemas
vc é do brasil? " ahhh surra de bunda! surra de bunda? vc sabe fazer?" (2 americanos na california falando isso pra mim aos berros no meio da rua) e colegas indianos do meu marido fizeram o mesmo com ele, gritando surra de bunda , em vancouver no canadá. ambos fatos ocorreram entre 2013_2014.. imagino q surra de bunda virou meme brasileiro internacional nessa época. alguns anos depois meu marido tbm ouviu: vc parece branco.. até a hr w vc abre a boca pra falar aí a gnt vê q não é...
Quando estudei nos Estados Unidos todo mundo tentava ficar me explicando as matérias como se eu fosse burro e não soubesse nada, ou ent quando era atividade em grupo faziam tudo sem eu e só me dava as respostas achando que nunca eu iria conseguir fazer as questões. Detalhe: meu inglês já era mto bom quando cheguei lá e tbm eu tirava notas mto boas pq era ridiculamente fácil já que estudei em escola particular aqui e pública lá.
Só fui aos EUA uma vez e conversei com um americano no avião que tinha zero noção do que o Brasil é… ele perguntou se falamos indiano e perguntou sobre tom de pele, ele provavelmente estava estranhando que sou branco e perguntou por isso, na cabeça dele no Brasil só tinha negro e mestiço.
Portuguesa que mora comigo: “eu e minha filha não gostamos quando as pessoas falam em brasileiro”. Da mesma pessoa: “minha filha não gosta muito do jeito dos brasileiros”